sábado, 20 de março de 2010

ASSALTADO. E AGORA?

Sou mais um, de inúmeros brasileiros, assaltados. Mas eu não sou um brasileiro qualquer. Sou um brasileiro, maranhense, que teve um filho sequestrado, sem que a polícia nunca tivesse encontrado os sequestradores e, agora, foi, literalmente, foi ASSALTADO.
Acho a concorrência desleal, afinal, tenho sido assaltado durante muito tempo pelos políticos do Maranhão.
Se falasse de cada assalto terminaria ano que vem.
Mas o que quero dizer é que fui assaltado.
Inerte, de mãos na cabeça, refém de dois meninos (bandidos, é claro) fui assaltado.
Eu me pergunto, então. Por que eu, que não roubo ninguém, não sou político, não tenho pai político, compro as coisas à prestação?
Por que logo eu, funcionário público? Assalariado?
Aqui no Maranhão é assim. Ou se está com Sarney ou se está com Jackson!
Eu me pergunto, então: E quem está comigo?
Fui assaltado. Sou refém de uma sociedade que tem contradições curiosas. Enquanto eu sou assaltado o saite da família Sarney noticia que o filho do Secretario de Segurança dirigia um carro a mais de 200 km.
Eu me pergunto, então: O que estará errado? Eu, refém da (in) segurança pública do Maranhão, ou o bandido, que resolveu concorrer com a classe política?
Talvez a resposta esteja no próximo assalto. Deus permita que eu continue vivo!

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