segunda-feira, 10 de março de 2008

POR QUE SERÁ?

Toda criança tem aquela fase que põe os pais entre exultantes e impacientes: a fase dos porquês.As crianças crescem, viram adultos (alguns apodrecem sem amadurecer) e se põem a não responder determinadas indaagções.Vejo algumas instituições desejosas de construção de ações democráticas mas, claro, desde que isso não importe em acabar com seus próprios privilégios.Costumo afirmar que este país (e dele não se exclui o Maranhão) é republicano com alma monárquica. Muitos desejam reformas, desde que eles não sejam atingidos. Logo os discursos são pautados no que a Constituição da República denomina de direito adquirido. É sempre assim.Ponho-me a refletir sobre o discurso e a prática, propondo que não se deva afirmar aquilo que não se deve dizer o "porquê". Isto é simples, basta ter sinceridade, fidelidade e coerência, o que não significa que isto seja falta de educação.É preciso que haja coerência para pôr em prática o que se promete, para que o discurso seja apenas um instante da concretude humana.Prometi a mim mesmo, quando jovem, que seria professor. Procuro exercer esse magnífico mister com a sinceridade de quem prega o que verdadeiramente sente. Prometi-me ser Procurador do Estado, tento desempenhar minha tarefa com responsabilidade.Refiro-me, assim, ao que é dito sem ser efetivamente verificado, pondo-se em risco a credibilidade humana.Conversava com os colegas advogados recentemente que me relatavam algumas das insinuações que me haviam sido feitas por recorrer de decisões judiciais em processos em que oficio como Procurador Geral do Estado.Pus-me, então, a me questionar alguns "porquês" da vida.Por que será que o sucesso das pessoas incomoda tanto? Por que será que o cumprimento do dever irrita? Por que será que a inovação incomoda? Por que será que o cumprimento da lei, indistintamente, é alvo de tanta crítica, claro, desde que o crítico tenha um interesse contrariado?Esses "poquês" são apenas alguns dos muitos com que tenho me deparado no exercício profissional, em defesa do dinheiro público. Sim, do seu dinheiro, porque quando defendo o Estado estou defendendo o seu direito.Tratarei desses assuntos para que todos saibam por que essa prática de defender com diligência o Estado incomoda tanto a tão poucas pessoas. É apenas uma questão de tempo.Não conseguirei responder a todos os "porquês", afinal, não sou Deus, mas tenho na sinceridade de minha razão a crença de que faltam respostas a perguntas como estas, sobretudo quando não se tem a espontaneidade da criança ao perguntar, nem a franqueza do adulto para responder a verdade. E é sempre bom lembrar que quem não consegue dar exemplo não pode dar conselho.Meu forte abraço.José Cláudio

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